Difícil 2022: mais um ano sem
Carnaval, mais um Carnaval perdido...
Foi até o de menos, diante do
tanto que o país perdeu com a pandemia de Covid-19 e com os
desgovernos, federal e estaduais, que forças estranhas e nefastas impingiram ao
Brasil desde o Golpe de 2016, com traições e golpes os mais
variados, políticos, econômicos, sociais, midiáticos...
|
A Porta-Treco com o treco - 2015 (sem autor)
|
No particular do Bloco Maracangalha, após a partida, do parceiro Luís Fiore, em janeiro de 2021, um dos seus fundadores e popular colega das turmas dos anos 1970 no IFCS, tivemos duas outras
perdas irreparáveis...
Em março de 2022 nos despedimos
tristemente de Cláudia Versiani, baluarte do bloco.
Sobre ela, em síntese, alguns trechos das lembranças do blog Bonecos da História sobre a amiga sempre presente “no desfile do bloco Maracangalha, que sai da Cobal do Humaitá, nossa paixão dos
domingos de Carnaval, o ponto de reencontro daquela turma do IFCS. Por vários
anos, vimos Cláudia fantasiada de "Porta-Treco", apresentando um
curioso adereço [o treco] que, em vez de bandeira, mais parecia uma luminária...“.
|
Cláudia Versiani - Ato pró-Dilma, Cinelândia - foto Guina Araújo Ramos, 2015 |
Uma participação divertida e solidária, com o
bloco e com o povo, e que não se limitava aos dias de Carnaval, pois a
encontrávamos o ano todo “em comícios, eventos, manifestações,
nas ruas, nos bares, nas festas, e em postagens e conversas, sempre discutindo
a situação política do país (...), uma militância que se ampliou (...) através
da sua atuação no teatro, ao vivo ou virtual, participando do grupo Militantes em Cena“.
|
Vilmar no Maracangalha - Foto: Guina Araújo Ramos, 2019 |
Em outubro do doloroso 2022, perdemos
outro companheiro solidário, tanto ao bloco quanto ao povo, Vilmar Torres, folião infatigável, cuja
característica mais marcante era a preferência por desfilar sozinho: “todo ano, há mais de 20 anos, Vilmar recuperava,
com muito bom humor, o histórico “Bloco do Eu Sozinho” de décadas atrás,
acompanhando o Bloco Maracangalha nos domingos de Carnaval”.
Mais uma de suas divertidas ironias, enquanto, na verdade, Vilmar levava
muito a sério outras lutas em suas campanhas solitárias, por exemplo, como a dos restaurantes
populares.
Duras perdas... Mas, a vida continua,
a luta também.
E o bloco Maracangalha vai sair no
Carnaval 2023!